Uma saga literária premiada que explora a vida, a morte e a redenção no sertão brasileiro
“Torto Arado”, a maior obra do autor brasileiro Itamar Vieira Junior, é um romance que cativou o público e a crítica com sua prosa melodiosa e trama magistralmente conduzida.
A história acontece nas travadas do sertão baiano, onde as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa fachada na mala guardada sob a cama da avó.
A partir deste ponto, suas vidas se entrelaçam de forma indissolúvel, a ponto de uma precisar ser a voz da outra. O livro traça uma história de vida e morte, de combate e redenção, que ressoa universalmente.
Como Protagonistas
As personagens principais do livro são duas irmãs de personalidades e sonhos distintos, unidas por um acontecimento gerado pela curiosidade infantil e separada por um mal-entendido.
Crescem para se tornar mulheres fortes, que conduzem suas vidas por caminhos diferentes, mas ambas donas de seu destino.
Premiações
Este romance conquistou diversos prêmios, atestando sua excelência literária:
- 2018 – Prémio Leya na categoria Romance (Portugal)
- 2020 – Prêmio Jabuti na categoria Romance (Brasil)
Sobre o Autor
Nascido em Salvador, em 1979, Itamar Vieira Junior é um escritor brasileiro cuja contribuição para a literatura é marcada por sua narrativa sólida e equilibrada.
Ele estudou geografia na Universidade Federal da Bahia (UFBA), concluiu seu mestrado e é doutor em estudos étnicos e africanos. Antes de “Torto Arado”, Itamar publicou dois livros de contos: “Dias” (2012) e “A Oração do Carrasco” (2017).
Como servidor público do INCRA, órgão estatal responsável pela condução da reforma agrária no Brasil, Itamar recebeu ameaças de morte e outras violências por sua atuação para uma divisão mais equânime da terra e sua proximidade com povos quilombolas.
Aclamação Crítica
A aclamação de “Torto Arado” não se limita apenas às premiações.
Ana Paula Tavares, membro do júri que concedeu o Prêmio Leya a Itamar, afirmou a “capacidade do autor de manter o nível da narrativa” do livro vencedor, exaltando sua “elegância poética que se mantém do princípio ao fim” e como ele conseguiu destacar a força das personagens femininas, bem como a violência exercida sobre elas.
Texto encantador que envolve o leitor. Os encantados me conquistaram.